terça-feira, 9 de março de 2010

Guia de profissões


Medicina
Neste curso, estudam-se as causas das enfermidades, de ordem física e psicológica, e pesquisa-se as formas de combatê-las. O médico é o profissional responsável pela realização de exames clínicos, cirurgias, prescrição de medicamentos, e também pode atuar em programas de prevenção, saneamento e planejamento da saúde pública e junto de outros profissionais, como farmacêuticos, bioquímicos e geneticistas, na pesquisa de novas drogas. Ao lado de engenheiros e físicos auxilia no desenvolvimento de equipamentos e aparelhos médicos.
Algumas das opções de especialização reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina são: hematologia (sangue), pediatria (crianças), cardiologia (coração), oncologia (câncer), tisiologia (tuberculose) etc. O aumento da expectativa de vida da população tem valorizado especialistas em males relacionados à terceira idade – geriatras (doenças do envelhecimento), reumatologistas (cartilagens e articulações) e nefrologistas (rins).
Paralelamente ao aumento progressivo de especializações, reaparece o médico generalista – clínico geral – o chamado médico de família. Este ressurgimento mostra a importância de o médico conhecer profundamente o seu paciente também do ponto de vista psicológico, já que dados da Sociedade Brasileira de Clínica Médica revelam que 70% dos exames feitos em São Paulo não acusam nenhuma causa física.
Os dois primeiros anos de Medicina são básicos, com disciplinas como biologia e fisiologia. As matérias clínicas começam a partir do terceiro ano, quando o estudante também começa o atendimento ambulatorial. No quarto e quinto anos, há estágios e plantões na própria faculdade – se esta possuir um hospital-escola, o que é um bom indício de qualidade – ou em centros de saúde. Depois, virão os dois anos de residência, não-obrigatórios, mas importantes para a formação. Os estudos não terminam por aí. Mais do que em qualquer outra profissão, a Medicina exige alto grau de atualização. Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz e da Escola Nacional de Saúde Pública indicou que os salários iniciais da categoria estão em torno de R$ 2,3 mil.
A Medicina representa mais um caso de má distribuição no Brasil. Embora haja médicos em excesso, existem capitais com uma proporção de um médico para 1.000 habitantes, enquanto outras possuem um para cada 250 indivíduos, número considerado adequado pela Organização Mundial de Saúde.
Apesar dos longos anos de estudos e da dificuldade em encontrar um emprego, é preciso continuar lutando pois, segundo uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, 50% dos recém-formados vêem-se obrigados a manter entre três e quatro empregos, inclusive consultório próprio. Tradicionalmente, é um dos cursos mais disputados. Na Universidade de Brasília e na UNESP, em Botucatu (SP), por exemplo, foram mais
de 100 candidatos por vaga no último vestibular.
Algumas áreas de atuação
Diagnóstico: trabalha com o diagnóstico do organismo humano através de exames, como ultra-som, raios-X, ressonância, etc.
Medicina cirúrgica: especialização em cirurgias.
Medicina do trabalho: prevenção e tratamento de doenças causadas pelo trabalho, acompanhados de uma análise das condições de trabalho dentro de uma empresa.
Medicina legal: autópsias, corpo delito e testes de paternidade estão entre os exames realizados por médicos da área.
Medicina esportiva: prevenção e tratamento de lesões sofridas por praticantes
de esportes.
Duração do curso: 6 anos para a formação em clínica geral. De acordo com a especialização, acréscimo de mais 2 a 4 anos para residência.


Nenhum comentário:

Postar um comentário